A matéria de capa do caderno Paladar do Estadão de hoje fala de um assunto caro à história brasileira: o açúcar. Além de questionar o quanto estamos ingerindo por ano dessa outrora tão preciosa iguaria, o texto nos apresenta os vários tipos de açúcar encontrados no mercado brasileiro, sejam em versões pré-embalada, a granel ou entre os ingredientes de algum industrializado. E explica de onde vem esse costume tão tropical de exagerar nas colheradas de açúcar na hora de preparar sobremesas. Segundo Fabio Fiori, do Senac, o hábito tem origem na época em que não existiam geladeiras, e açúcar e sal eram nossos principais conservantes naturais. Quando é que essa gente vai se atualizar, hein? Já temos geladeiras, agora podemos maneirar no dulçor dos quitutes.
Tem um pessoal aí defendendo o valor cultural dos doces, dizendo que o açúcar nos traz conforto, nos faz alegres e tal e coisa. Outro dia fui a uma palestra promovida pela Oldways, que vim saber depois foi patrocinada pela Coca-Cola. No fim das contas, eles queriam aplaudir os edulcorantes artificiais – inclusive os dos refrigerantes – por nos permitirem sentir sabor doce sem exceder nas calorias.
Outro pessoal recomenda moderação nos adoçantes e preferência pelas opções mais naturais, como a stevia, já que ainda pairam algumas dúvidas sobre a segurança do uso de edulcorantes artificiais a longo prazo. Meu paladar ainda se inclina mais para o açúcar, seja do branco ou do mascavo, e em alguns casos sem dúvida o mel. E não sou partidária do gosto brasileiro. Aprecio mais as sobremesas de dulçor ameno. O açúcar está atrelaçado a nossa história, é tradicional, mas não precisa abundar à minha mesa só por causa disso.
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