20 de jun. de 2008

Compras mais verdes



Fazer compras de supermercado virou antiecológico. Ainda mais se a idéia for trazer as compras no porta-malas do carro. Gasta gasolina, que é combustível fóssil. E no meio de tanta opção pode-se comprar coisa demais e gerar desperdício. As embalagens todas virarão lixo e poluirão tudo se não forem reaproveitadas. E agora?

Alguém teve a idéia de que se você fizer compras sem sair de casa estará não só economizando tempo, mas também gastando menos gasolina - e portanto reduzindo sua culpa pelo aquecimento global. Hmm, sei. Deu no New York Times, ontem, que os novaiorquinos preguiçosos (ops, perdão, ecológicos) agora podem receber suas compras em casa sem nem mesmo precisar fazer uma lista do que está faltando no armário. Um aparelhinho, chamado Ikan, com leitor de código de barras, instalado na cozinha, registra os dados de cada produto industrializado que você tiver usado até o fim e cuja embalagem estiver prestes a descartar. Se você tiver uma cozinha high tech conectada à internet sem fio (e se você for um americano rico e gordo morando em Manhattan), bastará aproximar a embalagem vazia do Ikan e zupt: rapidamente um novo exemplar do produto é localizado em alguma loja eletrônica cadastrada na rede do Ikan.net e adicionado a sua lista de compras virtual. No dia em que você quiser, pode checar a lista gerada e dar um ok para que tudo seja automaticamente comprado e agendado para a entrega no horário escolhido.

Ah, sim, o sistema de leitura de código de barras não se aplica a produtos sem essa etiqueta, como frutas e verduras. Neste caso, existe uma saída igualmente sedentária: você fala com a máquina e ela registra o que você falou: banana (em inglês, claro, com sotaque de americano). Aí o sistema busca pra você qual supermercado do seu bairro vende banana. E você manualmente (porque o sistema ainda precisa melhorar em alguns quesitos) adiciona a banana à lista.

A matéria conta ainda que os caras também se encarregam de indicar uma recicladora para suas embalagens recicláveis. Legal. Útil. E tudo isso por quanto mesmo? De 6 a 8 dólares a entrega.

Diz o jornalista David Pogue que a invenção poupa cerca de duas horas semanais do cidadão que antes se deslocava ao supermercado para abastecer a despensa. Duas horas? O cara leva duas horas para fazer uma compra que vai durar uma semana? Cara. Eu levo tipo vinte minutos dentro da loja, mais cinco ou dez para me deslocar quando vou de carro. Sem falar que eu adoro supermercado (no lugar certo, dá até para paquerar)! E, afinal, quem faz as entregas também gasta gasolina, certo? Ou por acaso eles vão entregar peixe congelado de bicicleta?

Outra invenção tecnológica destinada a agilizar as compras de supermercado encontrei aqui. Trata-se de uma maquininha acoplada ao carrinho, que procura dentro da loja o produto que você quer e informa o preço na tela, sem que você precise se deslocar pelos corredores até encontrar. Ainda é um protótipo, mas de repente alguém resolve fabricar...

Nessa linha, encontrei também a idéia de um carrinho de compras que avisa se o que você colocou lá dentro é comida decente ou trasheira. É, rapaz. Bota lá um pacote de Elma Chips e o carrinho te chama de gordo! Na verdade ele avisa se o produto tem excesso de gordura ou sal ou outra coisa. Mas dá na mesma, certo?

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