12 de mar. de 2006

Pastelão


Já pretendia meses atrás escrever sobre as praças de alimentação dessas feiras de negócios. Algumas pecam feio pela precariedade, mas até que a Bienal do Livro estava razoável. As opções eram bastantes. Vi Casa do Pão de Queijo, Uno&Due, Kibon, cafés com cara rústica (com bolinhos e tortinhas bem apresentados), pastéis, massas, doces. Eu escolhi um capuccino e um sanduíche de rosbife com tomate seco, cujo pão estava mais seco que o tomate! Nenhum molhinho sequer. Ok, por isso mesmo pouco calórico, mas pão francês seco também não dá! Mas foi assim mesmo, fazer o quê. Sentou-se à minha frente uma moça que trabalhava em algum estande, provalvelmente em seu único intervalo, munida de um pastel que devia ter uns 25 centímetros de comprimento e uma lata de coca-cola. Perguntei, meio irônica, se aquilo tudo era só pra ela, e ela respondeu “pra agüentar até as 10h”. Eram cinco da tarde. Olhei em volta e várias outras pessoas tinham escolhido a mesma combinação. Fritura e refrigerante para alimentar a moça ao longo de cinco horas? Quer dizer, provavelmente mais que isso, pois às 22h acabaria a feira e ela ainda demoraria algum tempo para chegar em casa e poder jantar direito. Ó, células da moça, perdoem-na. Ela não sabe o que faz.

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